dois suspiros e depois morreu. Tentei chamar pelo nome, fazer cafuné, massagem cardíaca, mas nada adiantou. Depois do enterro foi necessário um período de luto até que eu arrumasse tempo e dinheiro para comprar um novo.

Depois disso continuei desaparecida porque quando estou mal escrevo coisas impublicáveis. Pensando bem, agora vejo que tive meu momento de paty histérica.

Numa tarde dessas sofri uma queimadura química - no rosto- e ninguém tem idéia de como me senti. Em casa não conseguia parar de chorar e quanto mais lágrimas escorriam pela bochecha queimada mais dor eu sentia.

A verdade é que senti um medo animal, quase irracional, de virar uma espécie de monstro do lago. Olhava no espelho e já via a cicatriz. Seria em baixo relevo com um fiapinho de pele igualzinha à do Fred Krueger - o que, convenhamos, só vem a provar que eu sou um animal irracional. A dermatologista riu. Disse que ia sarar em 10 dias e só sobraria uma manchinha que também desapareceria depois. E foi realmente o que aconteceu. Faz dois dias que saio por aí sem o curativo com um pouco de base sobre a manchinha e ninguém sequer notou.

E eu que já me via por aí andando com a franja cobrindo metade do rosto e roupas pretas para combinar...