Acho deselegante essas picuinhas por competitividade. Choramingar porque o colega levou meio ponto a mais na média final… ora, isso não é papel!

Sei que a competição é um fenômeno importante, que o mais forte prevalecendo, a seleção naural, o Darwinismo e essas bobagens e blá blá blá chato chato, blá blá.

Continuo achando e não abro: competição é um pé no saco.

Aos 5 anos participei pela primeira e última vez na natação da escolinha. Primeira por minha tenra idade, e última porque desde logo ficou comprovado que não sirvo para certas convenções sociais.

Depois do apito me lancei na água com minha prancha plástica amarela batendo forte as pernas na direção da tia que me esperava na outra borda da piscina. Várias mamães (a minha inclusa) e babás batiam palmas e torciam por seus filhotes.

Na metade do caminho achei que havia algo errado e resolvi olhar para trás. As crianças que deveriam estar quase ao alcance de meus calcanhares ainda estavam muito longe (ênfase no longe), se debatendo, nadando em direções aleatórias, como pequenas focas bêbadas.

Pois eu achei por um instante que deveria guiá-las para a luz. Virei-me para elas e comecei a chamá-las agitando os braços: vem, vem!!

Mas obviamente isso não foi uma boa ação porque, entre risos das outras, minha mãe e a "tia" começaram a gritar enfurecidamente com olhos em chamas da borda: NÃO!!! NÃO!!! VAI!! VAI!! ANDA!! Ok, eu ganhei, mas da base do esporro. Competições entraram para meu rol de "más coisas".

Enfim… acho deselegante isso de se competir por qualquer bobagem.

Há exatos 23 anos, às 18:30h, eu vim ao mundo de cesariana depois de submeter minha pobre mãe a um trabalho de parto ( induzido, diga-se de passagem) de quase 24 horas.

Pra vocês verem que a minha preguiça é mesmo inata.